29 de junho de 2008

Afrodite e Dioniso

Um dos deuses pelos quais Afrodite se enamorou foi Dioniso, o deus do vinho.Conta o mito que Dioniso foi, por muito tempo, um andarilho, que andava pelo mundo seguido por um cortejo de fiéis, bacantes e sátiros:
Era o deus do vinho e da alegria de viver, e levava todos a sua volta à volúpia e à loucura. O uso do vinho enaltecia o espírito, purificava a alma, enaltecia os prazeres do corpo. Ao lado de Dioniso era possível atingir-se o êxtase, a plenitude de todos os desejos.
Afrodite, a deusa do amor, por sua vez, arrastava os seres aos desejos e à paixão. Uma união que não era de se estranhar, pois levava ao verdadeiro êxtase.
A mulher Afrodite conhece o valor da alegria e da festa e não se nega um bom copo vinho ou outra substância qualquer, desde que esta intensifique seu prazer. Procura pelo êxtase, seja este místico ou amoroso. Se sente atraída por homens, que como elas, buscam os prazeres do sexo e da paixão.
No entanto a mulher Afrodite, ao contrário do homem Dioniso, dificilmente torna-se uma viciada, pois ela dá valor demais a beleza física e espiritual, e sabe que as drogas e o excesso de sexo pode destruir sua vida – enquanto tudo o que ela mais quer é viver intensamente. Quando percebe que o espírito da morte, chamado pelas drogas, está muito próximo, muda de vida, e continua seu caminho.

22 de junho de 2008

Mulher Afrodite e Homem Adônis

Por onde passava a deusa Afrodite, tudo florescia. Certo dia, durante um passeio, Afrodite encontrou a árvore Mirra. Mirra estava grávida. Afrodite percebeu que era chegado o momento do parto e retirou o filho do ventre de Mirra. Mirra não deu a luz a um bebê, e sim, a um belíssimo adolescente. Afrodite se apaixonou, e acabou tendo um romance com o menino, que foi chamado de Adônis. Como não queria perdê-lo, Afrodite o trancou numa arca a qual entregou à Perséfone para guardar.
Perséfone, não agüentando de curiosidade, abriu a arca. Quando viu o belo Adônis, também se apaixonou. Afrodite quis Adônis de volta e como Perséfone se recusasse a entregá-lo, ficou possessa. Zeus teve que intervir – decidiu que Adônis viveria com Afrodite quatro meses por ano, quatro com Perséfone e o resto do tempo onde quisesse.
Quando uma mulher Afrodite conhece um filho da mãe (Adônis é filho de Mirra, não tem pai), faz o possível para arrancá-lo dela. Recusa-se a ir todos os finais de semana na casa da futura sogra. Faz o possível para que ele perceba que não tem nada a ver ser um eterno menino.
A mulher Afrodite não curte muito tempo a fossa de uma separação. Termina um namoro e logo começa outro. Facilmente encontra um homem ligado excessivamente na mãe, e se apaixona.
Homens que adoram a mãe tendem a idolatrar a mulher, como se ela fosse uma deusa. No primeiro momento, a mulher Afrodite curte ser idolatrada, mas chega um momento em que para e pensa: espera ai! Esta mulher por quem ele esta apaixonado não sou eu, não sou uma deusa e sim uma mulher. Quando se dá conta disso perde o interesse pelo menino, mas não quer descartá-lo. Afinal é sempre bom ser admirada e idolatrada. Enquanto não se tem outro relacionamento, é melhor deixar este em banho maria, guarda-lo numa arca, e abri-la em momentos de solidão. Até o momento em que uma amiga Perséfone conhece o rapaz e resolve transar com ele. Aí a relação entre as duas fica abalada, e o rapaz não se decide com qual das duas ele quer ficar.
Mas, logo a mulher Afrodite continua no seu próprio caminho e encontra um novo amor.

15 de junho de 2008

Afrodite e Nerite

O movimento das ondas do mar era violento. O falo de Urano amputado por seu filho Cronos, fecundava às águas, formando uma macia espuma branca. Desta surgiu a bela Afrodite. Seu perfume maravilhoso espalhou-se por toda a região.
Nerite, uma bela concha do mar, ao ver Afrodite se apaixonou. Amaram-se suavemente. O tempo foi passando. O amor entre os dois era pleno. Mas, Afrodite precisava seguir seu caminho. O convidou para juntos conhecerem o mundo. Ele recusou. Não podia abandonar o mar: seu reino vital. Ela não podia ficar. Os humanos a chamavam. Assim, despediram-se, e, Afrodite seguiu sua viagem.
Quem na não sentiu o êxtase desta união em sua vida? Já não olhou as ondas do mar batendo nas pedras, subindo aos ares? Quem já não deslumbrou as riquezas do fundo do mar? Não pegou uma linda concha e a colocou no ouvido, para ouvir o divino som do mar?
Diante da beleza do mar, do êxtase diante da música, sentimos vontade de agradecermos aos deuses, por estarmos vivos. Não deveríamos agradecer aos deuses, e sim, a Deusa Afrodite.
Assim são as mulheres Afrodite: apaixonam-se pela arte, a música, o encanto da natureza. São românticas e sonhadoras. Quando estão cansadas, a melhor maneira de se refazerem, é irem de encontro a beleza da natureza.
Atraem-se por homens sensíveis, que também se deliciam com a beleza da arte e da natureza. Juntos vivem num mundo mágico e criativo.
A união Afrodite e Nerite é semelhante a magia do primeiro amor. No qual, a realidade parece não existir. Vive-se plenamente num mundo de sonhos e encantos. Mas, não é possível viver muito tempo aparte da realidade. É preciso encontrar os amigos, trabalhar, ganhar dinheiro, construir família. Por isso, as mulheres Afrodite terminam um relacionamento, no qual tudo é sonho. Procuram uma nova relação, na qual possam viver juntos a realidade e participarem do mundo.

8 de junho de 2008

Mulher Hera

Hera é a esposa de Zeus, a rainha do Olimpo. Em uma sociedade patriarcal, Hera é a “esposa perfeita”. Ela cuida da casa com perfeição e dirige os empregados com eficiência, fornecendo ao marido uma estrutura sólida e filhos bem educados, permitindo a ele que se dedique totalmente à sua carreira. Em geral casa com homens-Zeus, homens importantes e poderosos, que tenham condições de, em troca, lhe oferecer todo o necessário para criar seu “reino”. A mulher Hera é completamente dedicada ao marido e ao lar. É o que os antigos chamavam de a “Rainha do Lar”. Freqüenta eventos e reuniões sociais ao lado do marido, sabe oferecer um jantar, se apresentar em público. Apesar de todo seu poder e status, a Deusa Hera não era uma deusa feliz. Zeus nunca foi um marido fácil – era mulherengo, e a lista de filhos que teve com suas amantes é longa demais para caber neste artigo. Hera, coitada, passava boa parte de seu tempo perseguindo as amantes e os filhos bastardos de Zeus.
Para a mulher-Hera, que se realiza através do casamento, casar bem é fundamental. Infelizmente, uma das características da mulher-Hera é a ser ciumenta e possessiva. O que pode transformar sua vida em um inferno.
Hoje, viver em função do marido, parece ser algo ultrapassado. Mas, Hera está presente quando a mulher faz compras, paga as contas, coordena a empregada, é a aliada número 1 do marido. E também está presente quando a mulher sente ciúmes e tem medo de ser traída.

1 de junho de 2008

A mulher Deméter

A Deusa Mãe Deméter ficou desesperada quando sua filha Core desapareceu. Ela saiu vagando pelo mundo. Sua tristeza parecia ser insuportável. Parou numa casa e se apresentou como babá, e foi contratada para cuidar do filho do casal.
Deméter se apegou tanto ao menino, que resolveu torna-lo imortal, para isto, toda noite ela o colocava sobre o fogo da lareira. Certa noite, a mãe do menino a pegou em flagrante, ficou apavorada ao ver o filho sobre as chamas e expulsou Deméter da casa.
Deméter foi para a cidade de Elêusis, e lá criou o seu templo. Quando o menino, que Deméter havia criado, cresceu, ela o tornou seu sacerdote.
A mulher Deméter é aquela que se realiza cuidando dos filhos, se não os tem não sossega enquanto não engravidar. Ela é aquela que quer ver toda a família reunida em volta da mesa, comendo quitutes que ela mesmo preparou.
Ela, normalmente, vê e trata o marido como um filho que precisa ser protegido.
A mulher Deméter se sente perdida quando os filhos crescem e não precisam mais de sua proteção, vive intensamente a crise do ninho vazio. Para superar esta fase, ela pode adotar uma criança, ou exercer atividades, nas quais ela possa cuidar de pessoas ou animais. Mas, ela pode sofrer se não poder cuidar dos outros da maneira que ela acha correto.
Outro caminho que ela pode encontrar é criar o seu próprio templo, isto é, encontrar uma religião, uma filosofia, se dedicar a estudos espirituais, etc.
As mulheres que não se identificam com Deméter sentem sua presença quando tem filhos, ou quando alguém querido adoece e necessita de cuidados.